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03/02/2014
Montagem da cobertura entra na reta final e obras do novo estádio do Palmeiras ultrapassam os 80% de conclusão.
Fonte: Piniweb
Resumo: WTorre opta por cobertura sem apoios externos para não atrapalhar a circulação no estádio. Estrutura ainda terá função termoacústica e captação da água de chuva.
Iniciadas em julho de 2010, as obras de reforma do Allianz Parque, novo estádio do Palmeiras, em São Paulo, passam dos 80% de conclusão. As intervenções de ampliação e modernização para transformar o empreendimento em uma arena multiuso estão orçadas em R$ 560 milhões. A obra é executada pela WTorre.
A montagem da estrutura metálica da cobertura foi concluída no início deste ano. Resolvendo um problema do antigo estádio, a arena terá 100% dos assentos cobertos. A estrutura, que pesa mais de 2,2 mil toneladas, não é apoiada em nenhum ponto externo à área da arena, o que garantiu, segundo os arquitetos, o completo fluxo das áreas de circulação, além do benefício estético.
A cobertura de 23 mil metros quadrados também terá uma função termoacústica. Do ponto de vista térmico, a estrutura pode, segundo a WTorre, reduzir em até 2ºC a temperatura entre o nível do gramado e as cadeiras superiores. Já do acústico, o sistema evitará que o som da arena impacte a vizinhança, predominantemente residencial.
De acordo com o arquiteto chefe da obra, Luis Moura, tudo isso é proporcionado pela telha, do tipo sanduíche, que ocupa a maior parte da cobertura da arena (17 mil metros quadrados). O material tem cerca de 100 milímetros de altura e três camadas principais. Primeiramente, vem a telha inferior de aço galvanizado, com 67% de área perfurada, que permite a absorção de som da arena pela camada intermediária da cobertura. O "recheio", por sua vez, é composto por uma camada inferior de lã de rocha (envolta em um filme especial com função acústica), uma membrana de polímero de alta densidade, e uma camada superior de lã de rocha (envolta em outro filme especial, com função termoacústica). Por fim, a parte superior é uma telha em aço galvanizado zipado (sem emenda), que garante a vedação completa da cobertura contra água.
Toda a estrutura e cerca de 70% da cobertura do complexo foram projetadas na cor branca, o que evita a formação de ilhas de calor e facilita a reflexão da luz do sol. Além disso, solucionando o problema da falta de incidência de luz solar no gramado, uma alteração foi feita no projeto inicial do empreendimento com a adoção de cerca de 6 mil metros quadrados da telha translúcida de policarbonato.
Restante da obra
Além da implantação da estrutura que receberá a cobertura, os edifícios de quadras, o de uso múltiplo e o edifício-garagem já foram finalizados. A arquibancada do novo estádio também já está praticamente concluída.

Atualmente, as frentes de trabalho estão se concentrando na finalização da fachada, nos acabamentos das instalações, além do gramado da arena que deverá começar a receber o sistema de drenagem já na próxima semana. Os assentos, por sua vez, começarão a ser implantados entre fevereiro e março.

Por ser uma arena construída dentro das especificações da certificação ambiental do LEED, a cobertura do novo estádio terá um sistema de captação de águas da chuva, que será armazenado em reservatórios espalhados por todo o complexo, que possui uma capacidade total de cerca de 200 mil litros. Esta água será utilizada nas descargas e para irrigar o gramado.
O estádio, que terá oito pavimentos, com lajes técnicas e lajes para os camarotes, deverá ser entregue no final do primeiro semestre deste ano.
O antigo Parque Antártica terá sua capacidade expandida de 26 para 44 mil torcedores. Além disso, a arena, com 40 metros de altura, terá 166 camarotes, anfiteatro, estacionamento para 1,5 mil veículos, área de imprensa para dois mil profissionais, dois restaurantes e 25 lanchonetes, quatro vestiários nos padrões da Fifa, com cerca de 500 m², 11 elevadores/escadas rolantes, centro de convenções, loja de artigos esportivos, além de um memorial sobre a história do Palmeiras.
Por ser uma Arena Multiuso, com auxílio de uma cortina que deverá ser fixada na cobertura, o empreendimento poderá se transformar em dois espaços para shows e eventos, um com capacidade para 12 e outro para 30 mil espectadores.
Acidente
Nesta sexta-feira (24), uma forte chuva que atingiu São Paulo fez com que parte da cobertura do Allianz Parque que estava encaixada caísse. A estrutura seria parafusada em seguida, mas os fortes ventos e os raios fizeram com que o turno de trabalho dos operários fosse encerrado. Ninguém ficou ferido.
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