A inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou para 1,79% na segunda prévia de julho, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período do mês anterior, a taxa ficou em 1,83%. O IGP-M é usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel.

Os preços da construção civil exerceram forte influência sobre o recuo do IGP-M. A inflação do segmento caiu a menos da metade no período, passando de 2,84% em junho para 1,34%. Entre os componentes do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o maior recuo veio do custo da mão de obra, que registrou variação de 1,11%, em julho, ante 4,02%, em junho. Já a taxa do índice relativo a materiais e serviços passou de 1,80% para 1,55%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também contribuiu para que o IGP-M registrasse taxa menor na segunda prévia de julho. A inflação para o consumidor ficou em 0,54%, ante 0,78% em igual período de junho.

O principal destaque foi o grupo alimentação, cuja taxa passou de 1,86%, em junho, para 1,27%, em julho. Nesta classe de despesa, vale citar as desacelerações registradas por hortaliças e legumes (de 5,79% para -0,79%), panificados e biscoitos (de 2,62% para 0,61%) e arroz e feijão (de 8,53% para 4,99%).

Também seguiram trajetórias descendentes as taxas dos grupos habitação (de 0,40% para 0,23%), educação, leitura e recreação (de 0,40% para 0,27%), vestuário (de 0,34% para -0,10%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,61% para 0,55%). Já os grupos transportes (de 0,05% para 0,16%) e despesas diversas de (0,14% para 0,22%) apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.